segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Orçamento de Estado 2009 - … é possível combater a resistência à mudança!

Independentemente das expectativas que tenhamos, Barack Obama através de uma simples frase “Yes We Can”, fez acreditar que era possível a mudança. Fez nascer uma certa esperança e a partir do profundo descontentamento com a era Bush, um certo optimismo tornou-se contagiante… Propiciou-se a instalação de um novo espírito.

Apesar de ser com algum cepticismo que encaramos o futuro dos EUA, pretendemos sublinhar, apenas, que nas suas últimas eleições assistimos a uma forte participação dos eleitores, o que demonstra uma necessidade de mudança e um forte sinal de ruptura com a administração Bush, bem como com o que ela representava, nomeadamente um acentuado pendor belicista, relações conflituosas com o resto do mundo, injustiça social, nomeadamente na área da saúde, segregação racial e menosprezo pela questão das alterações climáticas.

Em Portugal, nas últimas eleições de 2005, também se pretendeu um sinal de mudança. Mas ele não chegou – a continuidade acentuou-se. Mas é preciso exigi-lo.

No nosso país, todos os anos, com a apresentação do Orçamento de Estado, levantam-se vozes contra e as pessoas em geral começam a preocupar-se mais com o Estado da Nação e questionam-se se vão ter mais ou menos dificuldades.

É fundamental, Agir nacional e localmente, envolvendo-se mais nas várias eleições que vamos ter no próximo ano, tal como o povo americano, acreditar que é possível mudar este governo que nos apresenta um Orçamento de Estado para 2009 que acentua cada vez mais a desigualdade territorial.

Um Orçamento de Estado que continua a ter uma obsessão pelo défice que afecta significativamente o bem-estar de todos nós!

Um Orçamento onde o Governo determinou que o défice seria de 2,2%, porém, todos nós sabemos que, neste tempo de crise esta medida implica mais sacrifícios, que muitas pessoas já não conseguem suportar.

Um Orçamento que confirma que o desemprego continuará elevadíssimo e que o crescimento económico é revisto em baixa para 0,6% em 2009. Reflexo de uma política económica que tem vindo a sacrificar cada vez mais os vencimentos das pessoas e como tal, não lhes tem dado margem para serem dinamizadores da economia e que tem abdicado de políticas que promovam o investimento público, factor determinante para motivar outros investimentos e criarem mais emprego.

O que é realmente preocupante é a facilidade com que o Governo tem dado garantias e avais à banca, como aconteceu agora com os 500 milhões de euros para o BPP e já aconteceu com a nacionalização apenas dos prejuízos do BPN, e, ao mesmo tempo, a dificuldade que o mesmo Governo tem em atribuir garantias às micro, pequenas e médias empresas e apoios sustentáveis às famílias.
É possível dar a volta a isto, é possível combater a resistência à mudança, é possível um mundo harmonioso, um mundo em que o engenho encontra a natureza para fazer de cada homem e de cada mulher um ser pleno e feliz.

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