terça-feira, 6 de janeiro de 2009

… Por uma Sociedade Inclusa!


A globalização permitiu e acentuou a desigualdade entre os povos. Proporcionando a acumulação de fortunas consideráveis para alguns e colocando outros na miséria.

O número de pobres não pára de crescer, e o mais preocupante é a tendência de que esse número aumente, quando os países desenvolvidos têm inúmeras pessoas a viver abaixo do limiar da pobreza.

Muitos que não suportando tanta dificuldade, dispostos a tudo, partem das suas terras em busca de melhores condições de vida. Tem sido assim para os portugueses que emigram e para os imigrantes que se encontram em Portugal.

Todos aqueles que conseguem emigrar cedo se apercebem que para além de constituírem mão-de-obra barata, sem muitos direitos, também cedo, tomam consciência que os entraves burocráticos em torno do processo de legalização, mais os força a viverem na clandestinidade.

Apesar do trabalho dos imigrantes ser reconhecido, quer no plano económico, quer no plano demográfico, alguns Países ainda não criaram programas efectivos de acolhimento, integração e protecção dos imigrantes.

Face a este panorama, Sou e Serei Sempre Por Uma Sociedade Inclusa, numa altura em que Portugal vive dupla condição de País de Emigração e Imigração.

Sou e Serei Sempre Por Uma Sociedade Inclusa, uma vez que Portugal está a ficar cada vez mais envelhecido. Registando-se, nos dias de hoje, uma baixa taxa de natalidade, um acentuado envelhecimento da população, a par de uma emigração que embora tenha abrandado, ainda não estagnou e, por isso, tem obrigações em compreender e respeitar a realidade imigratória.

Considerando que muitos portugueses vivem fora de Portugal, que partiram em busca de melhor vida, de um futuro mais risonho, tornando-se cidadãos do mundo, e que esperam sempre ser bem aceites no país que escolheram para viver, sou e serei sempre por uma sociedade inclusa.

Sou e Serei Sempre Por Uma Sociedade Inclusa, porque acredito que a interculturalidade, vector essencial, para criar e estreitar laços de convivialidade, facilita ao imigrante participar socialmente e civicamente no País que escolheu para viver, conservando e compartilhando a sua cultura de origem.

Sou e Serei Sempre Por Uma Sociedade Inclusa, uma vez que Portugal precisa dos imigrantes como factor determinante da sua comunidade humana. Respeitando a mestiçagem dos povos, a interculturalidade, certos que a discriminação, xenofobia e o racismo conduzem-nos para um buraco sem fundo. Atitude irreflectida com consequências graves, no futuro, para a economia e a sociedade Portuguesa.

Não nos podemos esquecer que os primeiros imigrantes africanos provenientes das antigas colónias portuguesas, tratou-se de uma imigração promovida pelo próprio estado português, afim de compensar as faltas de mão-de-obra em resultado da emigração e que após o 25 de Abril o número destes imigrantes aumentou para dar resposta às exigências da construção civil.

Não nos podemos esquecer, igualmente, que o fluxo de imigrantes brasileiros tem-se dedicado, à medicina dentária, construção civil, restauração e comércio.
Não nos podemos esquecer, que os imigrantes provenientes dos países da Europa de Leste, nomeadamente da Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia, muito embora apresentem um elevado grau de instrução muito superior á média portuguesa, têm-se dedicado à construção civil, trabalhos de limpeza e agricultura.

Considerando que a introdução das novas politicas de imigração na Europa vem agravar ainda mais a preocupação dos cidadãos estrangeiros e nacionais levando-os a manifestarem-se publicamente contra o Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo – Pacto de Sarkozy, sou serei sempre por uma sociedade inclusa;

Considerando que este Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo – Pacto de Sarkozy é um verdadeiro “pacto com o diabo”, para todos aqueles que vivem, trabalham e estudam nesta Europa que afinal não é para todos, sou e serei sempre por uma sociedade inclusa;


Considerando que o Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo – Pacto de Sarkozy vai não só trazer perseguição para a maior parte dos imigrantes em situação irregular, sem papéis, como também potenciar a marginalidade e fomentar a xenofobia, sou e serei sempre por uma sociedade inclusa.

Por todas estas razões, entre outras, se não fossem os imigrantes, muitas das actividades produtivas já teriam manifestado o seu declínio.

… Porque sou por uma sociedade inclusa:

Repudio a decisão do Governo Português em se submeter às orientações da União Europeia quanto à política imigratória, privilegiando o sistema por quotas de emprego, que só contribui para o aumento de imigração ilegal;


O Governo Português deve expressar o seu posicionamento contra o actual Pacto Europeu sobre Imigração e Asilo, denominado Pacto Sarkozy;


Reclamo por um serviço de atendimento ao imigrante, mais eficaz, que lhe permita tratar dos seus assuntos de forma mais desburocratizada;


Exijo que as expulsões dos imigrantes sejam apenas decididas por via judicial;


Reivindico a efectiva aplicação da lei contra a discriminação, racismo e xenofobia;


Apelo pela divulgação eficiente dos direitos do imigrante;

Apelo para que a lei da nacionalidade confira nacionalidade portuguesa às crianças nascidas em Portugal cujos pais sendo estrangeiros residam em Portugal;

Apelo para que o sistema de saúde contemple os imigrantes e permita os cuidados de saúde independentemente da sua condição;

Apelo pela requalificação dos bairros degradados, para os quais são conduzidos maior parte dos imigrantes;

Apelo para que a politica de educação promova medidas que valorizem a diversidade cultural, o respeito pela diferença e por uma escola/ sociedade inclusa;

Apelo pelo reconhecimento das habilitações do país de origem


…Porque sou por uma sociedade inclusa, considero a imigração necessária para o equilíbrio social, cultural, demográfico e económico.

1 comentário:

Anónimo disse...

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